Bullying na escola: o que é, causas, consequências e como combater

02/04/2025
Kumon Brasil
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Criança sofrendo bullying na escola


O bullying na escola é um problema sério que afeta milhares de crianças todos os anos. As consequências vão além do ambiente escolar e podem comprometer a autoestima, o rendimento nos estudos e até a saúde mental dos alunos. 


Atualmente, o Brasil é um dos países com maiores índices de violência escolar. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), 23% dos estudantes já foram vítimas desse tipo de agressão. O pior é que, muitas vezes, os pais e responsáveis demoram a perceber o que está acontecendo.


Neste artigo, você vai entender o que é o bullying escolar, quais são suas causas e consequências e, o mais importante, como responsáveis, escola e sociedade podem identificar e combater essa situação. 


Continue lendo e saiba o que fazer para proteger as crianças desse problema.


Aproveite para entender porque o aluno que estuda pelo Método Kumon aprende a ser mais solidário e ajudar os colegas com dificuldades.


Leia mais:



O que é o bullying?


O termo bullying tem origem na língua inglesa, e está ligado à palavra bully, que significa algo como “valentão”. 


Ele se refere especificamente à prática de atos agressivos recorrentes, ou seja, repetidos ao longo do tempo, contra uma mesma pessoa, causando danos físicos e psicológicos que podem durar a vida toda para quem é vítima.


Estas agressões podem ser:


  • Físicas: chutes, pontapés, tapas, empurrões, socos, beliscões.

  • Verbais: apelidos vexatórios, insultos, ofensas, xingamentos.

  • Psicológicas: chantagens, ameaças, discriminação, ridicularização.

  • Sexuais: assédios, violência sexual, abusos.

  • Materiais: roubos, destruição de pertences, furtos, vandalismo.


O bullying, especialmente na escola, muitas vezes atinge crianças e adolescentes por causa da cor da pele, deficiência, orientação sexual, aparência, hábitos ou, simplesmente pelo jeito de ser.


O que é o bullying na escola?


O bullying escolar envolve atos repetitivos de intimidação, violência, ameaças e agressões físicas ou psicológicas entre alunos dentro do ambiente escolar. 


Segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 38% das escolas no Brasil relatam enfrentar esse problema.


No entanto, é importante ressaltar que o bullying nem sempre ocorre apenas dentro da escola. Ele pode se estender para outros espaços, incluindo ambientes virtuais, mas sua origem está ligada ao contexto escolar.


Identificá-lo pode ser um desafio, já que muitas agressões acontecem de forma sutil. Além disso, o medo de represálias, muitas vezes reforçado por ameaças, faz com que muitas vítimas se calem, dificultando ainda mais a intervenção.


Quais são os tipos de bullying na escola?


O bullying na escola pode acontecer de diferentes formas, todas prejudiciais para a vítima. Algumas agressões são visíveis, enquanto outras passam despercebidas. Veja os principais tipos:


  • Físico: empurrões, socos, chutes e outras formas de agressão corporal.

  • Verbal: insultos, xingamentos e apelidos ofensivos.

  • Psicológico: ameaças, manipulação e intimidação.

  • Social: exclusão e isolamento do grupo.

  • Material: furtar, roubar ou destruir pertences da vítima. 

  • Virtual (cyberbullying): ataques nas redes sociais, mensagens ofensivas e exposição da vítima online.


Quais são as principais causas do bullying na escola?

Criança isolada por consequência do bullying na escola
O bullying na escola é um problema social que reflete comportamentos e valores enraizados na sociedade. Suas causas podem estar ligadas ao ambiente familiar, à cultura da escola e até à influência das mídias.

A falta de empatia e o desrespeito às diferenças muitas vezes incentivam a intimidação entre colegas. Além disso, a busca por status e aceitação pode levar alguns alunos a adotarem atitudes agressivas. 


Modelos violentos na sociedade também contribuem para a normalização desse comportamento. E sem diálogo, limites claros e intervenção adequada, o problema se agrava.


De forma mais ampla, podemos dizer que todos os envolvidos são, de alguma forma, vítimas desse processo. A vítima direta sofre os danos físicos, psicológicos e sociais do bullying. 


Já o agressor, muitas vezes, age de maneira agressiva por meio de um reflexo de situações familiares difíceis, carência emocional ou influência de comportamentos violentos na sociedade. 


Quais as consequências do bullying escolar?


As consequências do bullying em escolas surgem de forma gradual, grave e em grande parte das vezes, silenciosa. Seus impactos vão além da fase escolar, podendo afetar até mesmo a vida adulta dos envolvidos.


Resistência a ir à escola


Os alunos que são vítimas de bullying, em grande parte das vezes, ficam com medo ou vergonha de ir para a escola. 


Ou seja, além das consequências para o lado físico, emocional e psicológico, este tipo de agressão também afeta o desempenho do estudante. Isto pode levar a uma reprovação, desmotivação ou mesmo abandono dos estudos.


Tendência ao isolamento social


Entre os mais jovens, principalmente na adolescência, é comum que exista um certo tipo de isolamento ou mesmo distanciamento, principalmente em relação à família. 


Alunos que sofrem bullying na escola, entretanto, têm tendência a serem mais isolados socialmente, interagindo menos com os colegas. Afinal, eles são rotulados e passam a se enxergar como alguém que não pertence ao grupo.


Queda no desempenho escolar


Como você deve imaginar, o bullying na escola torna o ambiente desfavorável ao pensamento crítico, troca de ideias, aceitação de pontos de vista diferentes, debates e, por consequência, nada favorável ao próprio aprendizado.


Além disso, o aluno que é vítima de bullying costuma participar menos das aulas, por medo ou vergonha, perde a motivação, não quer ir para a escola e, em muitos casos, chega a abandonar os estudos.


Mudança brusca de comportamento


Mesmo sendo algo que pode acontecer de maneira sutil e silenciosa, o bullying na escola provoca mudanças bruscas no comportamento da criança ou adolescente, que podem se estender por toda a sua vida. 


Por isso, fique sempre atenta para saber se o seu filho apresenta alguns destes sinais:


  • Perda de apetite

  • Depressão

  • Ansiedade

  • Medo de ir para a escola

  • Isolamento

  • Insônia

  • Pensamentos suicidas


Agressividade


O aluno que é alvo de bullying no ambiente escolar também pode se tornar rapidamente agressivo, agindo sempre na defensiva tanto com os colegas quanto com a família e os professores.


Como diferenciar as brincadeiras e os sinais do bullying?

Pai e filha conversando sobre bullying na escola

Nem toda brincadeira entre crianças e adolescentes é bullying. O que diferencia uma interação saudável de uma agressão é a intencionalidade, a frequência e o impacto sobre a vítima. 


Brincadeiras são espontâneas, divertem ambas as partes e não geram sofrimento. Já o bullying envolve humilhação, agressões repetidas e um desequilíbrio de poder.


Queda no rendimento escolar, não querer ir à escola, ansiedade e insegurança são alguns sinais de alerta. Muitas vítimas não contam o que acontece, mas mudanças no comportamento, como isolamento, irritabilidade e medo, podem indicar um problema.


Por isso, é essencial que família e escola fiquem atentos e saibam diferenciar brincadeiras saudáveis de situações que podem estar causando sofrimento à criança.


Como identificar um alvo de bullying na escola?


Os alvos mais frequentes de bullying na escola são aqueles que, de alguma forma, se diferenciam da maioria, ou não se encaixam nos padrões determinados pela sociedade – e considerados pelo indivíduo ou grupo agressor. 


Isso pode ocorrer por aparência, comportamento, características físicas, dificuldades de aprendizagem, raça, gênero, condição socioeconômica… a lista é longa, infelizmente.


Entre os sinais mais comuns estão o isolamento, a recusa em ir à escola, mudanças no humor, irritabilidade e queda no desempenho acadêmico.


Para identificar possíveis vítimas, é essencial observar mudanças repentinas no comportamento e manter um diálogo aberto, permitindo que a criança ou adolescente se sinta seguro para expressar o que está acontecendo.


Como combater o bullying na escola?


Ao perceber que o aluno está sendo alvo de bullying, é fundamental que a escola e família tomem providências para entender melhor o que está acontecendo e agir rapidamente. 


Essa ação não se trata apenas de tomar medidas para acabar com a situação, mas também para apoiar e confortar a vítima.


Ainda é essencial manter em mente que violência não é, nem nunca foi, a melhor solução para combater a própria violência. 


Por outro lado, isso não significa que não devam existir as devidas punições e regulamentação. Inclusive há uma lei prevendo este tipo de situação, como veremos em breve. 


Porém, é sempre importante lembrar que, muitas vezes, o aluno que realiza a agressão também pode ser uma vítima, por exemplo, de maus tratos em casa.


Desta forma, diálogo e conscientização seguem sendo os melhores caminhos para coibir este tipo de prática e motivar os jovens a combater esse comportamento no cotidiano.


A seguir, vamos a algumas medidas de como a escola, a família, o poder público e os próprios alunos podem agir para combater o bullying na escola.


Como a escola pode agir para combater o bullying?


A solução do problema, independentemente das estratégias adotadas, passa necessariamente pela escola. Criar um ambiente onde as crianças se sintam seguras e protegidas é essencial para combater o bullying.


Além disso, é fundamental incluir a valorização das diferenças no dia a dia escolar e até na grade curricular, incentivando a cultura da empatia, do respeito e da convivência harmoniosa.


A escola também pode ir além, promovendo projetos temáticos, como debates, sessões de cinema e palestras, além de outras iniciativas que reforcem a importância do respeito mútuo. 


Essas são algumas ações que ajudam a construir um ambiente escolar positivo, prevenindo situações de bullying e fortalecendo o senso de comunidade entre os alunos.


Como a família pode agir?


Quando falamos no papel da família, é importante lembrar que ela exerce influência tanto em relação ao aluno que é alvo de bullying quanto a aquele que o pratica.


Manter um diálogo constante com seu filho, aberto e sem julgamentos, é essencial para que ele confie em você e possa dividir o que o incomoda, buscando apoio diante de uma situação como esta.


Por outro lado, é primordial que as famílias estejam presentes na vida escolar de seus filhos, impondo limites e acompanhando de perto como a criança está agindo.


Não custa nada lembrar que crianças aprendem pelo exemplo. Portanto, para mostrar para elas que agredir, ofender e humilhar é errado, estas são atitudes que não devem fazer parte do convívio familiar. 


Como o poder público deve agir?


Cabe ao poder público conscientizar a população sobre o bullying, promovendo campanhas educativas e ações efetivas para lidar com o problema. 


Além disso, é essencial atuar diretamente nas escolas com treinamentos e capacitações para que professores e equipes possam reconhecer e lidar com o problema.


Um bom exemplo de intervenção tem sido visto no Pará. Desde abril de 2023, todas as escolas públicas do estado passaram a contar com apoio do sistema de segurança pública e do aplicativo “Alerta Pará Escola”. 


Como resultado, o número de casos de bullying no estado caiu 15% nos primeiros meses de 2024, segundo reportagem


Outro exemplo de medida é a recente proibição do uso de celulares nas escolas, sancionada pela Lei nº 15.100, de janeiro de 2025, que pode ajudar a reduzir o cyberbullying. Sobretudo, a medida visa proteger a saúde mental e física dos estudantes.


Por fim, vale lembrar que, no ano de 2016, foi sancionada uma lei que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, de que vamos falar mais adiante.


Como os alunos devem agir?

Alunos combatendo o bullying na escola com amizade

Por fim, os alunos também têm um papel importante no combate ao bullying. O primeiro passo é não apoiar atitudes agressivas, evitando rir ou incentivar quem pratica. 


Quem presencia casos de bullying deve oferecer apoio à vítima e denunciar a situação a um professor, coordenador ou responsável. 


Pequenas atitudes, como incluir colegas isolados e tratar os outros com empatia, fazem toda a diferença.


E o que diz a lei sobre o bullying escolar?


A Lei 13.185, em vigor desde 2016, institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática. Ela determina que escolas desenvolvam ações de conscientização, capacitação de professores e envolvimento das famílias para prevenir e combater o bullying.


Além disso, o dia 7 de abril foi estabelecido como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. 


A data reforça a importância de políticas públicas e do compromisso de toda a sociedade para garantir um ambiente escolar seguro, onde os alunos possam conviver com respeito e sem medo de agressões.


Por que devemos nos preocupar também com o cyberbullying?

Aluno sofrendo cyberbullying na escola

O artigo 2º da Lei 13.185 define o cyberbullying como a prática de intimidação sistemática por meio da internet, com ações como difamação, incitação à violência e manipulação de fotos e dados para prejudicar a vítima psicologicamente.


Esse tipo de bullying tem se tornado cada vez mais comum, já que os jovens, adolescentes e crianças estão cada vez mais conectados, o que aumenta as chances de sofrerem ataques online. 


inclusive, um estudo da UFMG e do IBGE revelou que 13,2% dos jovens no Brasil já foram vítimas de cyberbullying.


Por ser virtual, esse bullying é mais difícil de identificar. Por isso, é essencial que pais e educadores mantenham um diálogo constante com os jovens, observando atentamente possíveis mudanças de comportamento e incentivando o uso responsável da internet.


Como o Método Kumon pode ajudar a reduzir a ocorrência do bullying escolar?


Para além do aprendizado acadêmico, o método Kumon é uma ferramenta eficaz na redução do bullying escolar, já que foca no desenvolvimento da autoconfiança e das competências socioemocionais das crianças. 


A metodologia, criada para incentivar a autonomia nos estudos, busca fortalecer a confiança dos alunos em suas habilidades, o que gera um impacto positivo em sua autoestima.


Além disso, o Kumon ajuda a desenvolver habilidades como persistência, disciplina e resiliência, características essenciais para lidar com diversos desafios, tanto na escola quanto fora dela.


Conclusão


O bullying na escola é um problema sério que precisa ser combatido com urgência. Como vimos ao longo deste artigo, ele causa impactos profundos na vida das vítimas, dos agressores e de toda a comunidade escolar. 


A conscientização, a criação de ambientes seguros e a participação ativa da família e da sociedade são essenciais para reduzir essa prática.


Além disso, fortalecer a autoestima e desenvolver habilidades socioemocionais desde cedo é uma excelente forma de prevenção. O Método Kumon contribui para isso ao estimular a autonomia e a confiança dos alunos.


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O Kumon é um método de estudo que desenvolve ao máximo o potencial do seu filho, de forma individualizada. Criado no Japão em 1958 pelo professor Toru Kumon, o método está presente em mais de 60 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes.

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