Qual o papel da memorização na aprendizagem?

27/01/2023
Kumon Brasil
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Memorização é o ato de armazenar determinada informação no cérebro por meio do uso de técnicas específicas, usando estímulos à atenção e concentração como ferramentas para obter o resultado desejado.


A memorização e aprendizagem possuem um importante papel complementar, que é especialmente útil para alunos de todas as idades que precisem armazenar conteúdos importantes.


No caso de provas, sejam do Ensino Fundamental ou para estudar para o Enem, a memorização ativa é essencial para ajudar o aluno a alcançar os objetivos propostos.


Neste artigo, vamos falar sobre os tipos de memorização e sua importância para a aprendizagem, além de trazer algumas dicas para estimular esse processo, com foco principalmente nas crianças.


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Qual a importância da memorização na aprendizagem infantil?



Em sala de aula, o desenvolvimento da memória ajuda o aluno a guardar as informações e conhecimentos que recebe, assimilar conteúdos e até mesmo comportamentos.


Além de ser fundamental para a aprendizagem escolar, a memorização também possui um papel primordial na evolução das habilidades cognitivas da criança.


Isso porque a função da memória, como vimos, não é somente armazenar informações, mas também orientar nosso corpo a realizar inúmeras tarefas de modo simplificado (já pensou ter que lembrar como mastigar toda vez que você vai comer?).


Para as crianças, este é um aprendizado muito importante, inclusive relacionado a hábitos determinantes para seu desenvolvimento, como um bom sono e alimentação saudável.


Como funciona a memorização?


Falar sobre o funcionamento da memorização é, de certa maneira, falar sobre a forma como o cérebro humano categoriza as informações mais relevantes e as armazena.


Basicamente, o que a memória faz é executar uma série de funções muito complexas envolvendo as conexões entre células nervosas (ou neurônios). 


Usando estas conexões, chamadas de sinapses, o cérebro consegue “carregar” uma informação captada pelos sentidos, como um som ou uma imagem, para uma das seguintes regiões cerebrais:


  • Córtex frontal: é a região do cérebro na qual são processadas as memórias de curto prazo.

  • Hipocampo: é a região do cérebro na qual são armazenadas as memórias de longo prazo.


Além de direcionar as informações para locais específicos utilizando as sinapses entre os neurônios, o cérebro também pode armazenar as informações de modos diferentes:


  • Memória de procedimento: são as memórias intelectuais, motoras e sensitivas, que registram um padrão em relação à maneira de realizar algo (como sua mão deve segurar um lápis, por exemplo).

  • Memória declarativa: é aquela na qual ocorre uma associação de dados e a criação de novas informações, usada para resgatar uma informação de modo consciente (como o nome de alguém ou um endereço).


Mas estes não são os únicos tipos de memorização que o nosso cérebro pode fazer. Como um órgão extremamente complexo, ele possui a capacidade de lidar com outros tipos de memórias, com funções mais específicas.


Veja a seguir quais são elas:


Memória processual


Sabe aquele ditado que diz que algo “é como andar de bicicleta: depois que alguém aprende, nunca mais esquece”? Ele tem tudo a ver com a memória processual, já que ela está ligada ao armazenamento de habilidades. 


Memória visual


A memória visual é um tipo de memória sensorial, ou seja, com curta duração de armazenamento. Ela registra os estímulos externos percebidos pela visão, retendo as imagens durante um período curto de tempo. 


Memória episódica


Como o nome indica, a memória episódica está ligada a episódios, ou seja, acontecimentos. Alguns exemplos são o que fizemos nas férias ou qual foi o cardápio do almoço. Esta memória também é chamada de biográfica, porque a informação armazenada é de teor pessoal.


Memória topocinética


A memória topocinética tem um caráter espacial, ou seja, grava a posição e o movimento de nossos corpos em relação ao espaço. É por meio dela que podemos fazer os mesmos caminhos diariamente de maneira automática, sem precisarmos lembrar deles ativamente.


Memória semântica


Ligada a significados, a memória semântica armazena todo o conhecimento sobre conceitos, fatos, cultura, compreensão das palavras e vocabulário. Lembrar em que ano foi declarada a independência do Brasil, por exemplo, é um dado guardado na memória semântica.


Como estimular a memorização infantil?


Quando falamos em memorização, é muito importante lembrar que este é um processo bem diferente da “decoreba”.


Quando seu filho decora uma informação, como uma fórmula matemática, por exemplo, está realizando um processo de reprodução automática e sem significado.


Ou seja, assim que ele fizer a prova e não precisar mais desta informação, ela será facilmente esquecida.


Com a memorização ativa ocorre algo bem diferente. Usando técnicas que envolvem significado, é possível fazer com que o cérebro compreenda a relevância de determinada informação, armazenando-a de modo distinto.


Porém, as coisas nunca são tão simples quanto parecem quando falamos em memorização.


Quer um exemplo? Se pedirmos, agora, para você lembrar a letra de uma música que gosta, provavelmente você conseguirá fazer isso com facilidade.


Por outro lado, e se o pedido for para você lembrar como calcular o volume de um sólido piramidal? Com certeza será uma tarefa bem mais complicada.


É justamente por este motivo que existem técnicas para estimular a memória infantil, focadas em ajudar o cérebro a entender uma informação como algo que deve ser armazenado.


Faça associações com temas já conhecidos


Uma boa maneira de ajudar o cérebro a guardar uma nova informação é associá-la com outra que ele já conhece bem.


Um exemplo de como isso funciona é nas situações de aquisição da linguagem e aprendizado de um novo idioma.


Primeiro, a criança relaciona uma sequência de fonemas (uma palavra) a algo que ela já conhece. Ou seja, aprende que existe um nome (água) para aquele líquido transparente e sem cheiro que ela bebe.


Quando seu filho começa a aprender inglês, por exemplo, ocorre uma nova associação. Desta vez, ele associa a palavra “water” com uma que ele já conhece (neste caso, água).


Estimule a criação de resumos


Não é à toa que, desde os primeiros anos do Ensino Fundamental até a pós-graduação, os alunos são incentivados a resumir as informações estudadas.


Esta é, sem dúvida, uma das mais conhecidas e comprovadamente eficientes técnicas utilizadas para estimular a retenção do conteúdo.


Para ela funcionar é importante, após a leitura do material ou assistir a uma aula, motivar seu filho a realizar as anotações de temas mais relevantes, pontos principais, conceitos e palavras-chave.


Aprenda brincando


Há uma série de jogos e brincadeiras simples que ajudam a estimular a memória dos pequenos de um jeito divertido e eficiente.


O jogo da memória, como o próprio nome diz, talvez seja o melhor exemplo de como treinar o cérebro da criança para memorizar informações brincando.


Além dele, você também pode criar momentos divertidos, como tirar todos os objetos de cima da mesa e pedir para seu filho desenhar onde eles estavam antes disso.


Conte histórias


Não há dúvida de que as crianças adoram ouvir histórias, assim como é inegável que elas também adoram inventá-las.


Por que não, então, usar esta predisposição a favor da memorização ativa?


Também chamada de técnica de ligação, esta técnica consiste em criar uma história conectando um item que precisa ser memorizado a outro.


Assim, ao lembrar do começo da história, seu filho conseguirá lembrar de todo o restante!


E o melhor de tudo é que a história não precisa fazer o menor sentido. Pelo contrário: quanto mais absurda e exagerada, mais fácil fica para recordá-la.


Aposte em músicas e cantigas


Lembra da pergunta que fizemos lá no início do texto, quando pedimos para você lembrar de uma letra de música e, depois, para lembrar como calcular o volume de um sólido piramidal?


A letra foi bem mais fácil, não é? É por isso que esta técnica é usada desde a Educação Infantil até os cursinhos preparatórios para concursos públicos, já que funciona maravilhosamente bem.


Ao transformar a informação, como uma fórmula matemática, uma sequência de números ou de cores, em uma melodia com ritmo, o cérebro consegue retê-la por mais tempo.


Seja lúdico


Uma das técnicas pedagógicas mais utilizadas atualmente é a ludopedagogia, ou seja, o uso de brincadeiras como parte da estratégia de ensino.


Quando a criança vê o estudo como uma brincadeira, consegue absorver melhor o conteúdo, ressignificando-o para o cérebro como algo divertido.


Por isso, uma ótima ideia é usar jogos, cantigas, arte e outras técnicas lúdicas como instrumentos de memorização.


Faça mapas mentais


Os mapas mentais funcionam de modo muito parecido com os resumos, sendo que a grande diferença é que eles são montados de maneira visual.


Ou seja, em vez de listar as informações, como no resumo, você pode distribuí-las em um desenho, dividindo os temas em blocos e fazendo ligações entre eles.


Para tornar a estrutura mais atrativa e facilitar a retenção de conhecimento, use e abuse de canetas e lápis de cores diferentes, gráficos e desenhos.


Estabeleça uma rotina de estudos


Lembre-se que todas estas técnicas que estamos trazendo são ferramentas para auxiliar e estimular a memorização ativa.


Porém, elas não servem para muita coisa se o seu filho não se comprometer com o mais importante, que é estudar com regularidade.


Estabelecendo um roteiro de estudos, com datas e horários definidos para estudar, fica bem mais fácil para o cérebro transformar a aquisição de novos conhecimentos em um hábito.


Converse com a criança sobre o que ela aprendeu


Para alguém conseguir explicar algo, é necessário que tenha conhecimento sobre o assunto. Assim, inverter papéis e pedir para seu filho agir como professor é uma ótima técnica para ajudá-lo a memorizar as informações.


Se a criança conseguir ensinar o que aprendeu, é muito provável que ela já tenha internalizado esta informação em seu cérebro como algo relevante.


Por outro lado, se ela não conseguir, fica mais fácil identificar em que pontos ela tem mais dificuldade, direcionando o aprendizado de forma mais eficiente.


Procure apoio especializado


O método Kumon é amplamente reconhecido pela eficiência que confere aos estudos de alunos de todas as idades, considerando as características individuais de cada um.


Além disso, também é notório como o método estimula a memorização dos alunos e trabalha habilidades cognitivas como o foco e a concentração.


Isso acontece por meio do hábito de estudos (no Kumon, o aluno estuda todos os dias, meia hora por dia), de um material didático especialmente elaborado para este fim e por meio de uma orientação individualizadada orientação competente e individual dos alunos.


No Kumon, os alunos pré-escolares estimulam a memória por meio dos flashcards que são cartões de papel que mostram uma figura e a palavra usada para nomeá-la, assim a criança desenvolve o vocabulário, treina a capacidade de memorização e passa a se interessar pela linguagem escrita. 



Para entender melhor como o método Kumon estimula a memória dos pequenos, visite uma unidade e converse com nossos orientadores e orientadoras.


Conclusão



Como você viu neste artigo, a memorização é um processo extremamente complexo e que pode ser realizado de inúmeras maneiras pelo nosso cérebro.

A forma como isso vai ocorrer, seja no curto ou longo prazo, ou em relação a conceitos ou impressões visuais, vai depender de inúmeras variáveis.


Para que a memorização e aprendizagem tenham um efeito mais duradouro e eficiente, é essencial entendermos como funciona esta intrincada rede de armazenamento de informações em nossos organismos.


A partir daí, podemos utilizar técnicas baseadas nestes conhecimentos para ajudar nosso cérebro a armazenar e perceber como relevantes as informações que desejamos.


Mas este conteúdo não para por aqui. Afinal, existem inúmeras outras técnicas para memorizar conteúdos. Se você quiser saber mais sobre este tema, leia o artigo super completo que fizemos sobre técnicas de memorização.

Sobre o Kumon​

O Kumon é um método de estudo que desenvolve ao máximo o potencial do seu filho, de forma individualizada. Criado no Japão em 1958 pelo professor Toru Kumon, o método está presente em mais de 60 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes.

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