Kanji: o que é, curiosidades e como aprender o alfabeto japonês

06/08/2025
Kumon Brasil
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lâmpadas japonesas com escrita em Kanji


Você sabe o que é kanji? Se está começando a aprender japonês, com certeza já esbarrou nessa palavra — e nesses símbolos misteriosos e bonitos que parecem desenhados à mão. 


O kanji é um dos três alfabetos usados no idioma japonês, e talvez o mais desafiador para quem está dando os primeiros passos.


Diferente das letras do nosso alfabeto ou dos sons dos outros sistemas de escrita japoneses, o kanji é feito de ideogramas. Isso significa que cada símbolo representa uma ideia ou conceito, e não apenas um som. Por exemplo:


ideogramas do Kanji

Legal, né?


Hoje, o japonês é escrito combinando três sistemas: hiragana, katakana e kanji. E entender como eles funcionam juntos é essencial para quem quer ler mangás no original, assistir animes sem legenda ou até mesmo morar no Japão.


Neste artigo, você vai aprender:


  • o que é kanji e qual é a sua origem;

  • qual é a diferença entre kanji, hiragana e katakana;

  • como os japoneses usam o kanji no dia a dia;

  • a diferença entre leituras On e Kun;

  • como começar a estudar esse alfabeto!


Se você quer mesmo aprender japonês, esse conteúdo é o ponto de partida ideal. Vem com a gente!


E por falar nisso, saiba mais sobre o curso de japonês do Kumon e comece seus estudos com quem entende do assunto!


Leia mais:




O que é Kanji?


Kanji é o nome dado a um dos três sistemas de escrita usados na língua japonesa. A palavra significa “caracteres da dinastia Han”, em referência à sua origem chinesa.


Ao contrário do alfabeto latino, que representa sons, o kanji representa ideias e significados. Por isso, ele é chamado de ideograma.


Na prática, o kanji é usado para escrever as partes mais importantes das palavras, como substantivos, verbos e adjetivos


Já os outros alfabetos japoneses, chamados hiragana e katakana, são usados para completar a escrita, indicar a gramática e representar sons estrangeiros.


Ou seja: o japonês usa uma combinação desses três sistemas para escrever. Parece complicado no início, mas com o tempo, tudo começa a fazer sentido!


Para entender melhor, assista ao vídeo abaixo!



Qual é a história do Kanji?


Você sabia que o kanji, esse alfabeto tão presente na cultura japonesa, nasceu na China? Acredita-se que os primeiros caracteres chineses chegaram ao Japão por volta do século I, através de documentos oficiais e textos religiosos, como os sutras budistas.


No começo, os japoneses apenas liam os textos em chinês. Mas com o tempo, passaram a adaptar esses símbolos ao seu próprio idioma, criando uma forma japonesa de leitura e uso dos ideogramas. Esse processo ficou mais intenso por volta do século V, quando o contato entre os dois países aumentou.


A partir daí, o Japão desenvolveu seus próprios caracteres e regras. Muitos kanjis foram simplificados, outros foram criados apenas no Japão — são os chamados kokuji


Assim nasceu esse sistema complexo e fascinante, que hoje faz parte da identidade cultural japonesa. E mesmo depois de séculos, os kanjis continuam sendo usados diariamente por milhões de pessoas em todo o Japão.


Como é utilizado um Kanji?


pincel e papel com caracteres em Kanji


O kanji é usado para representar palavras inteiras ou partes importantes delas. E aqui vai um ponto curioso: um único kanji pode ter mais de um significado e mais de uma leitura, dependendo do contexto.


Na prática, os kanjis aparecem quase sempre em conjunto com o hiragana e o katakana, formando frases completas. 


Cada kanji costuma ter um radical, que é como a raiz do símbolo — a parte que traz o sentido principal e ajuda a identificar a categoria de significado.


Veja alguns exemplos:


aplicações do Kanji em frases

Além da construção visual interessante, muitos kanjis têm um significado quase poético, o que exige uma pequena dose de interpretação.


Por outro lado, é bom saber que nem todas as palavras usam kanji! Algumas expressões do dia a dia, como partículas, preposições e muitos advérbios, são escritas com hiragana. 


Outro detalhe é que, quando um kanji é muito difícil ou raro, é comum substituí-lo por outro alfabeto para facilitar a leitura e a escrita.


Quantos Kanjis existem?


Hoje em dia, existem milhares de kanjis catalogados, mas os japoneses usam com mais frequência cerca de 2.000, que fazem parte da lista oficial chamada Joyo Kanji.


Somente na educação primária das escolas japonesas já são ensinados 1.026 kanjis. Vamos ver, por exemplo, os 80 kanjis ensinados na 1ª série, com leitura On e Kun (que vamos explicar ainda nesse artigo):


Kanjis catalogados

Agora, vamos aos seis princípios de formação dos kanji, conhecidos em japonês como "Rikujo no jiten", ou Seis Categorias de Escrita. Eles explicam como os kanji foram originalmente criados e organizados. 


Vamos ver o que significa cada um, com exemplos:



Shiji moji


Os shiji moji representam ideias abstratas, como sentimentos, direções e números. Eles não se parecem com objetos visuais, mas expressam conceitos que fazem parte do nosso dia a dia.


Geralmente, esses kanjis têm formas simples e diretas:


shiji moji Kanji

São ideogramas que não desenham o que representam, mas que transmitem o significado de forma simbólica.


Shokei moji


Os shokei moji são os kanjis mais visuais. Eles nasceram como desenhos simples que representavam objetos ou elementos da natureza. Com o tempo, foram estilizados até virarem os ideogramas que conhecemos hoje.


Veja alguns exemplos:


Shokei moji

É fácil entender esses kanjis porque o formato deles lembra aquilo que representam!


Kaii moji


Os kaii moji combinam dois ou mais ideogramas para criar um novo significado. Nesse tipo de kanji, a junção das ideias forma um conceito mais complexo, mas que ainda pode ser compreendido a partir das partes.


Por exemplo:


Kaii moji


Nesse caso, o sentido do kanji surge da interpretação conjunta dos símbolos.


Kasha moji


Aqui, o que importa é o som, e não o significado original do ideograma. Os kasha moji são kanjis emprestados de outras palavras com pronúncia parecida — geralmente vindos do chinês — e passaram a ser usados com um novo sentido no japonês.


Por exemplo:


Kasha moji

Esse tipo de kanji mostra como a adaptação entre línguas pode acontecer não só pelo sentido, mas também pela sonoridade.


Keisei moji


Os keisei moji são os mais comuns: cerca de 90% dos kanjis do japonês pertencem a essa categoria! Eles combinam dois elementos: um componente que indica o significado e outro que indica a pronúncia


Veja um exemplo:


keisei moji

Esse sistema ajuda a entender a lógica por trás de muitos kanjis. Por isso, ao aprender japonês, vale a pena se dedicar com atenção a esse tipo de ideograma!


Saiba mais: Curiosidades sobre o Japão: conheça 15 com o Kumon!


Hiragana, katakana e kanji: entenda as diferenças


A língua japonesa usa três alfabetos diferentes, e cada um tem uma função própria. O hiragana e o katakana são silabários fonéticos, ou seja, representam sons. Já kanji representa ideias e significados


O hiragana é usado para palavras nativas do japonês, partículas e terminações verbais. O katakana serve para escrever palavras de origem estrangeira, como “pizza” ou “hotel”. Já o kanji, como você já sabe, representa o significado de substantivos, verbos e adjetivos.


Veja um exemplo com a palavra “comer”, que pode ser escrita assim:


diferenças do Kanji para o Hiragana e Katakana

Ou seja: os três alfabetos são usados juntos nas frases. Além disso, uma mesma palavra pode aparecer de formas diferentes, dependendo do contexto. 


Qual é a diferença entre as leituras On e Kun no Kanji?


placa com escrita em Kanji


Se você está começando a aprender kanji, vai se deparar logo com dois tipos de leitura: On’yomi e Kun’yomi, ou simplesmente On e Kun. Entender como cada uma funciona é essencial para ler e interpretar os ideogramas de forma correta.


A leitura On é a pronúncia de origem chinesa. Ela costuma aparecer quando o kanji está acompanhado de outro kanji, formando palavras compostas. É como se o japonês tivesse “emprestado” a pronúncia original chinesa junto com o símbolo.


Já a leitura Kun é a pronúncia nativa japonesa. Ela aparece quando o kanji está isolado ou aparece junto com um sufixo escrito em hiragana — o que acontece bastante na formação de verbos e adjetivos.


Vamos ver alguns exemplos para entender melhor:


leituras On e Kun

Como você pode ver, o mesmo ideograma muda de pronúncia conforme o contexto em que aparece.


Como aprender Kanji?


Sem sombra de dúvidas, o kanji é o sistema de escrita mais complexo do japonês. Por isso, ele costuma ser estudado depois do hiragana e do katakana.


Aprender esses dois alfabetos primeiro é fundamental. Isso porque o hiragana é usado no furigana, aquele recurso que mostra, acima do kanji, como ele deve ser lido. Ou seja: antes de entender o kanji, é preciso saber reconhecer o que está ao redor dele.


Mas, antes de começar, saiba que aprender kanji exige prática e memorização. Mas não se assuste — com as técnicas certas e o apoio de bons recursos, você pode tornar esse processo mais leve e até divertido. 


A seguir, veja algumas estratégias que funcionam de verdade:


Escrevendo


Você sabia que cada kanji tem uma ordem correta de traços?


A regra geral é: comece pelos traços horizontais, depois faça os verticais. Em kanjis simétricos, o ideal é começar pelo traço central, depois o lado esquerdo e, por fim, o direito.


Escrever e reescrever os kanjis, dizendo em voz alta o que significam, ajuda a memorizar de forma mais eficaz. Essa é uma técnica de memorização cinestésica, que ativa o cérebro ao associar movimento, som e imagem.


Uma ferramenta muito útil para acompanhar seu progresso é o site jisho.org. Lá você pode buscar kanjis por significado, leitura ou até desenhá-los para descobrir o que significam e como são usados.

Se o Japão te fascina, o inglês também pode ser seu maior aliado nessa jornada global. Conheça o curso de inglês do Kumon e amplie seu repertório.

Imagens


Muitos kanjis têm formas que lembram o que representam. Isso é ótimo para fazer associações visuais.


Quer um exemplo?


Frase com Kanjis

Criar desenhos com os ideogramas dentro de uma cena ajuda o cérebro a memorizar visualmente o que cada um significa.


Essa técnica é especialmente útil com kanjis concretos, como os que indicam elementos da natureza, animais e objetos do cotidiano.


Ideogramas


A maioria dos kanjis é formada por partes menores chamadas radicais. Eles funcionam como a raiz de uma palavra, trazendo uma ideia principal.


Por exemplo:


ideogramas do Kanji

Ambos têm o mesmo radical à esquerda (?), que representa enfermidade. Ao aprender esses radicais, você consegue deduzir o significado de novos kanjis com mais facilidade, mesmo que nunca os tenha visto antes.


Ferramentas de aprendizado


Hoje, você pode contar com vários aplicativos e recursos digitais para estudar kanji de maneira prática e interativa. Veja esses exemplos:


  • Anki – sistema de flashcards com repetição espaçada, que é ótimo para memorização

  • Wanikani – plataforma focada no ensino de kanji com gamificação

  • Kanji Study (Android) – app com exercícios de escrita, leitura e testes

  • Jisho.org – dicionário online de kanji e vocabulário japonês

  • Kakimashou – site para praticar a caligrafia dos kanjis

  • NHK Easy News – notícias em japonês com furigana, que são úteis pra treinar leitura


Curso


Segundo uma matéria da revista Superinteressante, o japonês é uma das línguas mais difíceis do mundo. E os kanjis são o alfabeto mais difícil deste idioma. Tentar aprendê-los por conta própria é uma tarefa quase impossível de completar.


Mas, quanto mais difícil algo, mais ajuda a gente precisa, não é? E é aí que vale considerar um bom curso de japonês. 


Um curso vai sistematizar o seu aprendizado, motivar, esclarecer dúvidas, planejar e propor um caminho para você aprender e dominar os kanjis. Além disso, o simples fato de estar matriculado já é suficiente para aumentar o comprometimento com seus objetivos.


Melhores dicas para aprender Kanji


pessoa escrevendo caracteres em Kanji com tinta


Aprender kanji pode parecer difícil no começo, mas com algumas estratégias certas, o processo fica muito mais fácil — e até divertido! Confira as nossas melhores dicas:


  • Tenha paciência: ninguém aprende kanji de um dia para o outro. É um aprendizado que acontece aos poucos.

  • Comece pelos mais simples: aprenda primeiro os kanjis básicos, como números, dias da semana e elementos da natureza.

  • Foque nos mais usados: priorize os kanjis mais comuns no dia a dia para ganhar mais confiança ao ler ou escrever.

  • Pratique a escrita à mão: isso ativa sua memória motora e ajuda a fixar cada traço na mente.

  • Use cartões de memorização (flashcards): eles são ótimos para revisar e testar seu conhecimento em qualquer lugar.

  • Associe imagens ou histórias: criar imagens mentais com o significado do kanji ajuda muito na memorização.

  • Reveja com frequência: a repetição é uma das chaves para aprender de verdade.


E, pra fechar, não se esqueça que o caminho mais rápido para dominar os kanjis e aprender japonês é fazendo um curso completo, como o do Kumon!


Quer aprender Japonês e Kanji de uma forma prática? Conheça o Kumon!


Aprender japonês e dominar os kanjis exige método, constância e motivação. E é justamente nisso que o Kumon faz a diferença.


No Kumon, o aprendizado acontece de forma gradual e no ritmo de cada aluno. Você começa por conteúdos que já consegue entender com facilidade e avança passo a passo, o que ajuda a manter a motivação e criar gosto pelo estudo.


O material didático é feito especialmente para brasileiros, o que facilita muito, mesmo para quem nunca teve contato com o idioma.


Além disso, o método Kumon foi criado no Japão e é reconhecido no mundo todo. Com orientação individualizada, você aprende de verdade, no seu tempo, com autonomia. 


Vamos começar? Encontre a unidade do Kumon mais próxima e faça sua matrícula.


Conclusão


Neste texto, você aprendeu que o kanji é apenas um dos três sistemas de escrita japoneses — e também o mais desafiador. Afinal, cada caractere carrega uma ideia, que pode ser concreta, abstrata ou resultado da combinação de diferentes conceitos.


Aprender japonês exige dedicação, e os kanjis são uma etapa importante nesse processo. Para facilitar esse caminho, nada melhor do que contar com estratégias eficazes e com o apoio de um bom curso.


O Kumon é um grande aliado nessa jornada. Com um método individualizado, material adaptado para brasileiros e foco no progresso gradual, o aprendizado se torna mais leve e eficiente, mesmo para quem está começando do zero.


Gostou de saber mais sobre kanji? Então, que tal dar o próximo passo? Encontre a unidade Kumon mais próxima e comece hoje mesmo a aprender japonês de forma prática!

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O Kumon é um método de estudo que desenvolve ao máximo o potencial do seu filho, de forma individualizada. Criado no Japão em 1958 pelo professor Toru Kumon, o método está presente em mais de 60 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes.

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