A concordância verbal e nominal é um tema que deve ser dominado por qualquer pessoa que deseje usar corretamente a língua portuguesa, além de ser um assunto que obrigatoriamente aparece em provas, como a prova do Enem ou em concursos públicos.
Isso porque, seja em questões de interpretação de texto, gramática ou na redação, é essencial compreender a relação que garante que as palavras e termos da oração concordem entre si.
Quando dizemos, por exemplo, que neste texto “nós veremos usos e situações complexos”, estamos fazendo a concordância verbal entre o sujeito (nós) e o verbo (veremos), assim como a concordância nominal entre os substantivos (usos e situações) com o adjetivo (complexos).
Apesar de se tratar de um tema simples, a concordância verbal e nominal apresenta algumas situações de exceção que podem confundir o aluno.
Por isso, neste artigo vamos estudar detalhadamente cada situação e entender de uma vez por todas como fazer a concordância verbal e nominal.
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O que é concordância verbal e nominal?
A concordância verbal e a concordância nominal são partes fundamentais da gramática portuguesa, e ambas tratam da relação entre diferentes elementos de uma frase, ajustando-os para que concordem entre si e garantam a coesão e a clareza da comunicação.
Embora ambas sejam formas de concordância, elas têm objetivos e funções diferentes no uso da língua.
A concordância verbal é a relação de harmonia entre o sujeito da frase e o verbo, de modo que ambos concordem em número (singular ou plural) e em pessoa (primeira, segunda ou terceira pessoa).
Por exemplo, em “A criança brinca no parque", "o verbo “brinca” está no singular para concordar com o sujeito “a criança”, que também está no singular.
Se o sujeito estivesse no plural (“as crianças”), o verbo precisaria ser alterado para “brincam” para manter a concordância.
Dessa forma, a concordância verbal regula a forma do verbo em função do sujeito da oração, ajudando o leitor ou ouvinte a identificar com precisão quem ou o que está realizando a ação.
Já a concordância nominal refere-se ao acordo entre os substantivos e os elementos que os acompanham, como adjetivos, pronomes e numerais, ajustando-os em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural).
Por exemplo, em “As flores são belas", o adjetivo “belas” está no feminino plural, pois concorda com o substantivo “flores”, também no feminino plural.
Se o substantivo fosse singular e masculino, como em “O jardim é bonito,” o adjetivo mudaria para “bonito” para estar de acordo com o substantivo “jardim”.
A concordância nominal é, portanto, essencial para assegurar que todos os elementos relacionados ao substantivo estejam harmonizados, dando fluidez e clareza ao texto.
Essas duas formas de concordância – verbal e nominal – garantem que a estrutura da frase esteja adequada e que a comunicação seja clara e correta.
No caso da concordância verbal, é o sujeito da frase que determina a forma do verbo, enquanto na concordância nominal, o substantivo é a palavra central com a qual os adjetivos, pronomes e numerais devem estar em harmonia.
Assim, dominar a concordância verbal e a concordância nominal permite ao falante ou escritor expressar ideias de maneira precisa e ordenada, sem ambiguidades.
Outro ponto importante sobre a concordância verbal e nominal é que ambas variam conforme o contexto e o registro de linguagem.
Em situações mais formais, a observação das regras de concordância é rigorosa, pois erros podem comprometer a clareza do discurso e a credibilidade do comunicador.
Já em contextos informais, pode-se observar uma maior flexibilidade, embora o uso correto ainda seja fundamental para uma comunicação eficaz.
Concordância verbal
A concordância verbal é a relação que se estabelece entre o sujeito e o verbo da oração. Em português, o verbo deve concordar com o sujeito em número e pessoa.
Isso significa que, se o sujeito está no singular, o verbo também deve estar no singular; se o sujeito está no plural, o verbo deverá estar no plural.
Exemplos:
- Eu estudei
- Tu estudas
- Ele estudaria
- Nós estudávamos
- Vós estudais
- Eles estudarão
Concordância nominal
A concordância nominal, por sua vez, trata da relação entre os substantivos e os adjetivos, pronomes ou numerais que o acompanham, de modo que eles concordem em gênero e número.
Assim, se o substantivo está no feminino e plural, o adjetivo que o acompanha também deve estar no feminino e plural.
Exemplos:
- O aluno novo
- A aluna nova
- Os novos alunos
- As novas alunas
- Alguns alunos novos
- Algumas alunas novas
Qual a importância de concordância textual?
A concordância textual é um elemento muito importante para garantir que a mensagem transmitida seja clara, objetiva e formalmente correta.
Quando utilizamos as regras de concordância verbal e nominal de maneira apropriada, a estrutura do texto adquire consistência e coesão, o que facilita a compreensão e evita confusões por parte do leitor.
Sem essas regras, o texto pode perder sua fluidez, gerando falhas na comunicação e tornando o entendimento mais difícil.
A aplicação correta da concordância permite que as ideias fluam de forma harmoniosa, guiando o leitor por meio de uma narrativa lógica e agradável de acompanhar.
Um texto com boa concordância textual não apenas proporciona uma experiência de leitura mais confortável, mas também demonstra o domínio da língua por parte do escritor.
Esse cuidado linguístico eleva a credibilidade do autor e confere uma impressão de profissionalismo e seriedade ao conteúdo apresentado, além de enriquecer a mensagem.
Quando há erros de concordância em um texto, podem surgir ruídos na comunicação, dificultando ou até distorcendo a interpretação correta da mensagem.
Esses deslizes, ainda que pequenos, podem comprometer o objetivo da comunicação, desviando o foco da ideia principal e exigindo maior esforço do leitor para compreender o que realmente está sendo dito.
Por outro lado, a compreensão e o uso adequado da concordância verbal e nominal são ferramentas essenciais para a elaboração de discursos eficazes e redações bem-estruturadas.
Essas habilidades são particularmente valiosas para estudantes, que precisam demonstrar domínio do idioma em suas produções acadêmicas, e para profissionais, que necessitam transmitir suas ideias de maneira clara e assertiva em contextos formais.
A concordância textual, portanto, vai além de uma mera formalidade gramatical.
Ela é uma competência fundamental que contribui para a construção de um discurso coerente, coeso e assertivo, tornando a mensagem mais fácil de ser assimilada e apreciada pelo público-alvo.
Quais são as regras de concordância?
Assim como as regras da língua portuguesa, as regras de concordância verbal e nominal são numerosas e exigem atenção aos detalhes. Elas variam de acordo com o tipo de sujeito ou substantivo, além de dependerem do contexto em que a frase está inserida.
Vamos explorar as principais regras a seguir, com exemplos práticos para ilustrar cada situação.
Regras de concordância verbal + exemplos
A concordância verbal possui regras específicas de acordo com o tipo de sujeito que a frase apresenta. Confira abaixo as principais regras e exemplos para melhor compreensão.
1. Sujeito simples
Quando o sujeito é simples (ou seja, apenas uma pessoa ou coisa), o verbo concorda com ele em número e pessoa. Por exemplo:
- O aluno estuda todos os dias. (sujeito simples: “O aluno”)
- A professora corrige as provas. (sujeito simples: “A professora”)
2. Sujeito composto
O sujeito composto exige uma atenção especial à concordância. Existem duas possibilidades, dependendo da posição do sujeito em relação ao verbo.
2.1. Sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito composto vem antes do verbo, este deve concordar no plural:
- João e Maria estudam juntos.
- A professora e os alunos discutiram a lição.
2.2. Sujeito composto depois do verbo
Se o sujeito composto vem depois do verbo, a concordância pode ser feita no plural ou com o termo mais próximo:
- Chegaram o professor e os alunos.
- Chegou o professor e os alunos.
3. Pronome “que”
Quando o sujeito da oração é representado pelo pronome “que”, a concordância verbal deve ser feita com o antecedente desse pronome:
- Fui eu que fiz o trabalho.
- Foi você que organizou o evento.
4. Pronome “quem”
O pronome “quem” pede que o verbo concorde com a terceira pessoa do singular, independentemente do sujeito:
- Fui eu quem trouxe o presente.
- Foram eles quem resolveram o problema.
5. Nome próprio
Com nomes próprios de pessoas, a concordância é feita normalmente com o verbo no plural quando há mais de um nome:
- Carlos e Ana jogam futebol.
- Pedro e Maria são amigos desde a infância.
Como evitar erros comuns de concordância verbal?
Para evitar erros de concordância verbal, é essencial revisar a frase para verificar a relação entre sujeito e verbo. Uma dica é identificar o núcleo do sujeito e analisar se ele está no singular ou no plural, ajustando o verbo de acordo.
O cuidado com pronomes e termos compostos também ajuda a evitar deslizes comuns.
Regras de concordância nominal + exemplos
A concordância nominal segue regras importantes para manter a relação correta entre substantivos e os elementos que os qualificam. Vamos ver algumas situações comuns e exemplos práticos.
1. Substantivo + um adjetivo
Quando há um substantivo seguido de um adjetivo, este concorda com o substantivo em gênero e número:
- Casa bonita (feminino e singular)
- Casas bonitas (feminino e plural)
2. Verbo ser + adjetivo
O verbo ser pode concordar com o adjetivo que se refere ao sujeito da oração:
- As meninas são felizes.
- O rapaz é simpático.
3. Substantivo + números ordinais
Os numerais ordinais concordam com o substantivo em gênero e número:
- A primeira aula.
- Os primeiros capítulos.
4. Substantivos + dois ou mais adjetivos
Quando um substantivo é seguido de dois ou mais adjetivos, a concordância pode variar de acordo com o sentido desejado:
- Cidades grandes e pequenas (plural)
- Cidade grande e pequena (singular)
5. Substantivos + um adjetivo
Quando temos dois substantivos seguidos de um único adjetivo, ele pode concordar com o substantivo mais próximo ou com ambos:
- Camisas e calças vermelhas.
- Camisas e calças vermelha.
6. Concordar com substantivo próximo
O adjetivo pode concordar apenas com o substantivo mais próximo, principalmente quando não há uma lista completa de elementos:
- Sapatos e roupa colorida.
7. Inserir artigo antes do último adjetivo
Para dar clareza à frase, é possível inserir um artigo antes do último adjetivo:
- Ele tem uma casa grande e uma pequena.
8. O termo “menos”
A palavra “menos” não varia, independentemente do gênero e número do substantivo que a acompanha:
- Menos pessoas.
- Menos trabalho.
9. O termo “anexo”
A palavra “anexo” concorda em gênero e número com o substantivo que acompanha:
- Segue anexa a documentação.
- Seguem anexos os comprovantes.
Como evitar erros comuns de concordância nominal?
Para evitar erros de concordância nominal, revise a frase verificando a relação entre os substantivos e os adjetivos.
Faça uma leitura em voz alta para identificar possíveis discordâncias e, se necessário, ajuste os termos de acordo com as regras gramaticais.
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Com um método que respeita o ritmo de cada aluno, o curso permite o desenvolvimento de habilidades fundamentais de forma contínua e eficaz.
O material Kumon é organizado para que o estudante tenha contato com exemplos e exercícios que consolidam a compreensão da concordância, ajudando a construir uma base sólida na gramática portuguesa.
Conclusão
Dominar a concordância verbal e nominal é fundamental para uma comunicação eficaz e clara. Ao seguir as regras gramaticais, o estudante evita equívocos e aprimora sua habilidade de escrita.
A prática constante ajuda a fixar esses conceitos, e o método Kumon é um grande aliado nesse processo, proporcionando uma base firme no idioma.