Orações subordinadas: conceito, tipos e exemplos de frases

22/08/2025
Kumon Brasil
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Estudante sorridente depois de aprender as orações subordinadas

A língua portuguesa é cheia de detalhes que, à primeira vista, podem parecer complicados, mas que fazem toda a diferença para quem quer se expressar de forma clara e precisa. 


Entre esses pontos está o estudo das orações subordinadas, um tema que costuma despertar dúvidas tanto em estudantes quanto em adultos que desejam escrever melhor.

Essas estruturas aparecem o tempo todo: em uma notícia que lemos pela manhã, em um e-mail de trabalho, em um diálogo entre amigos ou até nas letras das músicas que escutamos. Elas ajudam a conectar ideias, a acrescentar explicações e a dar mais profundidade às frases. 


Saber identificá-las e utilizá-las de forma correta é como ganhar novas peças para montar um quebra-cabeça: quanto mais você domina, mais nítida e completa fica a sua comunicação.

Muitas vezes, quando não conhecemos bem as orações subordinadas, acabamos escrevendo frases mais simples e repetitivas, limitando a riqueza de expressão. 


Por outro lado, quando entendemos como funcionam, conseguimos variar a estrutura das sentenças, criar textos mais dinâmicos e até interpretar melhor conteúdos mais complexos.

Neste artigo, vamos explicar o que são as orações subordinadas, quais são os seus tipos, como diferenciá-las das coordenadas e de que forma elas aparecem em contextos reais. 


Tudo de maneira clara e com exemplos, para que você possa aplicar o que aprender não só nas provas escolares, mas também na sua comunicação diária.


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O que são orações subordinadas?


As orações subordinadas são partes de um período composto que não conseguem transmitir sentido completo sozinhas. Elas dependem de outra oração, chamada de oração principal, para que a mensagem fique clara. 


É como se fossem peças de um quebra-cabeça: por si só, não mostram a imagem inteira, mas, quando se encaixam na peça certa, formam um todo coerente.

Podemos dizer que a oração principal é a base, e a subordinada é o complemento. A subordinada pode explicar, detalhar, indicar a causa de algo, estabelecer uma condição ou até funcionar como sujeito da frase. 


Por isso, as orações subordinadas são tão importantes: elas enriquecem o texto e permitem transmitir ideias mais complexas e articuladas.

Veja este exemplo:


“Tenho certeza de que ele vai conseguir.”


A oração “de que ele vai conseguir” sozinha não tem sentido completo. Ela precisa da oração “tenho certeza” para fazer sentido. Nesse caso, a oração subordinada completa o significado de “certeza”, exercendo uma função específica na estrutura.

É comum que as orações subordinadas sejam introduzidas por conjunções subordinativas (como “porque”, “embora”, “quando”, “para que”) ou por pronomes relativos (como “que”, “quem”, “cujo”). Essas palavras são pistas que ajudam a identificá-las e entender seu papel no período.

Saber reconhecer orações subordinadas é útil não apenas para responder a questões gramaticais em provas, mas também para interpretar textos com mais profundidade. 


Isso porque, ao perceber como as ideias estão conectadas, conseguimos captar nuances, relações de causa e efeito, explicações adicionais e até intenções do autor.


Tipos de orações subordinadas


Aluna estudando sobre as orações subordinadas

As orações subordinadas se dividem em três grandes grupos: orações subordinadas substantivas, orações subordinadas adjetivas e orações subordinadas adverbiais. Cada uma exerce uma função diferente dentro da frase, e conhecer essas classificações é essencial para entender como elas se comportam.


Orações subordinadas substantivas


As orações subordinadas substantivas exercem funções típicas de um substantivo dentro da oração principal. Ou seja, elas podem ser sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal ou aposto.


Exemplo:


“É necessário que todos estudem para a prova.”


Aqui, a oração subordinada está funcionando como sujeito da oração principal.


Vamos ver agora cada subtipo.


Oração subordinada substantiva subjetiva


A oração subordinada substantiva subjetiva exerce a função de sujeito da oração principal. É comum aparecer com verbos de ligação ou de sentido impessoal.


Exemplo:


“É importante que você participe da reunião.”


A parte “que você participe da reunião” é o sujeito da oração “é importante”.


Esse tipo de construção é frequente em discursos formais e acadêmicos. Saber identificá-la é útil para quem quer aprimorar a clareza e correção ao escrever.


Oração subordinada substantiva predicativa


Nesse caso, a oração subordinada exerce a função de predicativo do sujeito. Ou seja, complementa o verbo de ligação, atribuindo uma característica ao sujeito.


Exemplo:


“A verdade é que ele não compareceu à aula.”


A oração “que ele não compareceu à aula” funciona como predicativo do sujeito “a verdade”.


Esse tipo de oração é útil para fazer afirmações mais elaboradas e densas.


Oração subordinada substantiva completiva nominal


A função dessa oração é completar o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) que exige complemento.


Exemplo:


“Tenho certeza de que tudo vai dar certo.”


Aqui, “de que tudo vai dar certo” completa o sentido de “certeza”.


Ela é bastante comum em contextos que envolvem emoções, opiniões ou julgamentos.


Oração subordinada substantiva objetiva direta


Esse tipo de oração funciona como objeto direto do verbo da oração principal, ou seja, recebe diretamente a ação verbal.


Exemplo:


“Ele disse que viria mais tarde.”


A parte “que viria mais tarde” é o objeto direto do verbo “disse”.


É um dos tipos mais frequentes de orações subordinadas e aparece muito em textos narrativos e argumentativos.


Oração subordinada substantiva objetiva indireta


Aqui, a oração funciona como objeto indireto, ou seja, complementa um verbo que exige preposição.


Exemplo:


“Eles insistiram em que o projeto fosse aprovado.”


“Em que o projeto fosse aprovado” é o objeto indireto do verbo “insistiram”.


Esse tipo de oração traz nuances importantes de sentido, muitas vezes ligadas à persistência, crença ou desejo.


Oração subordinada substantiva apositiva


A função dessa oração é explicar ou detalhar um substantivo que aparece na oração principal, funcionando como um aposto.


Exemplo:


“Ela tinha um desejo: que todos fossem felizes.”


“Que todos fossem felizes” explica o desejo da personagem.


As orações subordinadas substantivas são essenciais para enriquecer a linguagem e organizar o pensamento com lógica e profundidade.


Orações subordinadas adjetivas


As orações subordinadas adjetivas exercem a função de um adjetivo, ou seja, caracterizam um nome presente na oração principal. Elas sempre vêm introduzidas por pronomes relativos como “que”, “quem”, “o qual”, “cujo” etc.


Exemplo:


“A professora que me ajudou ontem foi muito gentil.”


A oração subordinada “que me ajudou ontem” caracteriza “a professora”.


Oração subordinada adjetiva explicativa


Esse tipo de oração acrescenta uma informação adicional, mas não essencial, sobre o termo antecedente. É sempre isolada por vírgulas.


Exemplo:


“Os alunos, que estavam muito cansados, foram liberados mais cedo.”


A oração subordinada adiciona um comentário, mas o sentido da frase se mantém mesmo sem ela.


Ela é útil para enriquecer o texto com detalhes ou comentários adicionais, comuns na linguagem oral e escrita.


Oração subordinada adjetiva restritiva


Diferente da anterior, a oração restritiva restringe ou especifica o sentido do termo antecedente. Não vem entre vírgulas.


Exemplo:


“Os alunos que estudaram foram aprovados.”


Aqui, a oração especifica quais alunos foram aprovados.


As orações subordinadas adjetivas contribuem para tornar a comunicação mais precisa e detalhada.


Orações subordinadas adverbiais


Estudante aprendendo sobre orações subordinadas

As orações subordinadas adverbiais funcionam como advérbios, ou seja, indicam circunstâncias diversas como causa, tempo, condição, finalidade, entre outras. São introduzidas por conjunções subordinativas.


Exemplo:


“Voltamos para casa porque começou a chover.”


A oração subordinada adverbial “porque começou a chover” indica a causa da ação principal.


A seguir, você verá os tipos mais comuns.


Oração subordinada adverbial causal


Indica o motivo ou a razão da ação principal.


Exemplo:


“Como ele estava cansado, foi dormir cedo.”


Oração subordinada adverbial comparativa


Estabelece uma comparação.


Exemplo:


“Ela corre como um atleta profissional.”


Oração subordinada adverbial concessiva


Indica uma ideia de contraste ou oposição, mesmo que a ação principal ocorra.


Exemplo:


“Embora estivesse doente, foi trabalhar.”


Oração subordinada adverbial condicional


Expressa uma condição para que a ação principal ocorra.


Exemplo:


“Se chover, cancelaremos o passeio.”


Oração subordinada adverbial conformativa


Indica conformidade com algo.


Exemplo:


“Fizemos tudo conforme o combinado.”


Oração subordinada adverbial consecutiva


Mostra consequência.


Exemplo:


“Estava tão nervoso que mal conseguiu falar.”


Oração subordinada adverbial final


Indica finalidade.


Exemplo:


“Estudei muito para que fosse aprovado.”


Oração subordinada adverbial temporal


Indica o tempo da ação.


Exemplo:


“Quando o professor chegou, os alunos já estavam sentados.”


Oração subordinada adverbial proporcional


Mostra proporcionalidade.


Exemplo:


“À medida que o tempo passava, ficava mais tranquilo.”


As orações subordinadas adverbiais tornam o texto mais rico em informações contextuais, permitindo que se especifique causa, tempo, consequência e outros aspectos importantes.


O que são orações subordinadas desenvolvidas e reduzidas?


Aluno em sala de aula para aprender as orações subordinadas

As orações subordinadas podem aparecer de duas formas: desenvolvidas ou reduzidas. Essa diferença está ligada à estrutura verbal e à presença (ou não) de conjunções que introduzem a oração. 


Entender essa distinção é importante porque ela ajuda a identificar o tipo de construção que estamos lendo ou escrevendo e a perceber diferentes formas de expressar a mesma ideia.

As orações subordinadas desenvolvidas apresentam um verbo conjugado em um tempo e modo definidos, acompanhado por uma conjunção subordinativa ou pronome relativo que liga a oração subordinada à oração principal. Elas costumam ser mais explícitas e, por isso, são mais fáceis de identificar.

Exemplo:


“Ele saiu mais cedo porque precisava descansar.”


Aqui, temos o verbo “precisava” conjugado no pretérito imperfeito e a conjunção “porque” introduzindo a oração subordinada.

Já as orações subordinadas reduzidas não apresentam conjunção e o verbo aparece em uma forma nominal, ou seja, no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. Essas construções tendem a ser mais curtas e diretas, o que pode deixar o texto mais fluido, mas exige mais atenção para reconhecê-las.

Exemplo:


“Ele saiu mais cedo para descansar.”


Nesse caso, o verbo “descansar” está no infinitivo e não há conjunção introduzindo a oração.

É interessante notar que, muitas vezes, uma oração reduzida pode ser transformada em uma oração desenvolvida sem mudar o sentido, e vice-versa.


Por exemplo:


Desenvolvida: “Ele estudou muito para que fosse aprovado.”
Reduzida: “Ele estudou muito para ser aprovado.”

O uso de uma forma ou outra pode depender do estilo do texto, do nível de formalidade ou até da intenção de quem escreve.


Textos mais formais, acadêmicos ou explicativos tendem a preferir orações desenvolvidas, enquanto as reduzidas são mais comuns na linguagem falada e em textos que prezam pela objetividade.


Quais são as diferenças entre orações subordinadas e orações coordenadas?


Enquanto as orações subordinadas dependem de outra para fazer sentido, as orações subordinadas coordenadas (por mais estranho que o nome pareça) não existem formalmente na gramática, o correto seria apenas “orações coordenadas”. 


As orações coordenadas são independentes entre si, embora estejam conectadas por conjunções como “e”, “mas”, “porém”, “portanto”, entre outras.


Exemplo de oração coordenada:


“Estava cansado, mas continuou estudando.”


Já a oração subordinada exige uma estrutura que a complemente:


“Ele saiu cedo porque tinha compromisso.”


É fundamental não confundir os dois tipos, pois eles indicam relações diferentes entre as ideias.


Como identificar uma oração subordinada? Dicas de aprendizado


Para identificar orações subordinadas, é importante procurar conjunções subordinativas ou pronomes relativos, além de observar se a oração tem sentido completo por si só. Se não tiver, provavelmente é subordinada.


Outro passo importante é analisar a função que essa oração desempenha na estrutura da frase. Está completando um nome? Caracterizando um substantivo? Indicando causa, tempo ou condição? Isso ajudará a classificar o tipo de oração subordinada.


Estudar com regularidade e praticar com frases reais é essencial. O método Kumon, por exemplo, estimula o aluno a avançar de forma progressiva e autônoma, consolidando a base gramatical desde os conceitos mais simples até os mais complexos, como as orações subordinadas.


Conclusão


Dominar o uso das orações subordinadas é uma etapa importante para quem quer se comunicar melhor em português. 


Saber identificar os diferentes tipos, como as orações subordinadas substantivas, as orações subordinadas adjetivas e as orações subordinadas adverbiais, permite entender e construir frases mais ricas e coerentes. 


Também é essencial reconhecer estruturas como as orações subordinadas substantivas subjetivas, compreender as diferenças entre orações subordinadas e orações subordinadas coordenadas, e desenvolver estratégias para reconhecer orações reduzidas e desenvolvidas.


Com paciência, prática e bons materiais de apoio, como os oferecidos pelo Kumon, esse conteúdo pode se tornar não apenas compreensível, mas até interessante. Afinal, entender como a língua funciona é uma forma poderosa de aprimorar o raciocínio, a escrita e a comunicação como um todo.

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